Meu Deus, os mortos que andam!
Que nos seguem os passos
e não falam.
Aparecem no bar, no teatro, na biblioteca.
Não nos fitam,
não nos interrogam,
não nos cobram nada.
Acompanham, fiscalizam
nosso caminho e jeito de caminhar,
nossa incomoda sensação de estar vivos
e sentir que nos seguem, nos cercam,
imprescritíveis. E não falam.
Carlos Drummond de Andrade
A Resistência Almadense e as Bibliotecas Humanas
Há 13 horas
5 comentários:
Também há vivos que fazem assim... estão sempre atrás... ao lado... no pensamento.... mas só isso. Será que morreram.Ou será que para eles , estão mortos?!
..estão em nós...
jocas maradas
Eles andem aí!!!
Todos os que não sabem VIVER!!!!
Mi gosta mucho do blog Mi bloga mucho!
Andava a procura do poema Ausencia de Nuno Judice e descobri este blog.
Parabens, esta muito bonito!
Obrigada por partilhar!
Cumprimentos,
Saffron
Pois... Este é um poema que fala de mortos mas há por aí tanto "vivinho da silva", assim!
Faço minhas as palavras da Morgana... "Eles andem aí!!!"
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