Dar o outro lado do que sou,
da luz e da obscuridade,
do ouro e do pó,
oiço pedirem-me que escolha;
e que deixe para trás a inquietação, a dor,
um peso de não sei que ansiedade.
Mas levo comigo tudo o que recuso.
Sinto colar-se às costas um resto de noite;
e não sei voltar-me para a frente,
onde amanhece.

Nuno Júdice

0 comentários:

Subscribe