Ao som do Luis Represas.
Apeteceu-me...

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

4 comentários:

Anónimo disse...

Olá miúda! Esta é a minha música preferida dos Trovante. Só me traz boas recordações! Só tu para me fazeres lembrares dos velhos tempos!
Beijos. São.

Apache disse...

Florbela Espanca, Luís Represas, bom gosto!

Claudia Sousa Dias disse...

Mais uma que eu gosto de recitar em quase todas as sessões de poesia em que participo!

CSD

Anónimo disse...

Ola
Bem escolhido
e a imagem entao??!!!
Se quiseres tenho as obras completas da poeta.
Beijos
Ana Zélia

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