Do outro lado do Atlântico chegou um presente. E com ele um fabuloso poema de Carlos Drummond de Andrade.
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Obrigado Vaninha.
AUSÊNCIA
"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."
7 comentários:
Posso atrever-me numa possível continuação desse poema de um poeta "a sério?"
"...e de tal maneira em mim está tatuada
e tal maneira faz parte de mim...
que sem essa ausência eu sinto que não sou nada...
e essa ausência só acaba quando chegar o meu fim..."
Essa ausência é a essência de viver... nasceu com o início da vida e com o fim dos tempos há-de morrer!...
Ninguém a rouba mais de mim..
É a única forma de te ter....
sempre com ela vivi
Em mim há-de permanecer...
tenho vida
tenho sonhos...
tenho medos de viver
mas a ausência é presença
Que eu não quero esquecer!
coitadinhos de nós!
E tu gostas dessa ausência?
Ou preferes a presença?
Pensa bem.
Lindooo...
A aus~encia ferenos como uma Espada...
É pena que não nos acorde ,... como um despertador!
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