19.1.06

Ausência

 


Do outro lado do Atlântico chegou um presente. E com ele um fabuloso poema de Carlos Drummond de Andrade.
Apetece partilhar.
Obrigado Vaninha.


AUSÊNCIA

"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim
."
 Posted by Picasa

7 comentários:

DarkMorgana disse...

Posso atrever-me numa possível continuação desse poema de um poeta "a sério?"

"...e de tal maneira em mim está tatuada
e tal maneira faz parte de mim...
que sem essa ausência eu sinto que não sou nada...
e essa ausência só acaba quando chegar o meu fim..."

Apache disse...

Essa ausência é a essência de viver... nasceu com o início da vida e com o fim dos tempos há-de morrer!...

Cleopatra disse...

Ninguém a rouba mais de mim..

É a única forma de te ter....
sempre com ela vivi
Em mim há-de permanecer...

tenho vida
tenho sonhos...
tenho medos de viver
mas a ausência é presença
Que eu não quero esquecer!

Cleopatra disse...

coitadinhos de nós!

Anónimo disse...

E tu gostas dessa ausência?
Ou preferes a presença?
Pensa bem.

Profundezas disse...

Lindooo...

Cleopatra disse...

A aus~encia ferenos como uma Espada...

É pena que não nos acorde ,... como um despertador!

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