A sensibilidade de um homem: Eugénio de Andrade. Um jogo de palavras. Um poema e o Desejo assim descrito.
Outra paixão - o mar. E ele já ali!
Tempos, modos, lugares e distâncias. Tempos, muitos tempos. Tempos físicos e reais que nos fogem e faltam e cada vez mais sentimos em cada fim de tarde. Mais tempos que distâncias, que essas vencem-se. Assim se queira...

"O desejo, o aéreo e luminoso
e magoado desejo latia ainda;
não sei bem em que lugar
do corpo em declínio mas latia;
bastava abrir os olhos para ouvir
o nasalado ardor da sua voz:
era a manhã trepando às dunas,
era o céu de cal onde o sul começa,
era por fim o mar à porta - o mar,
o mar, pois só o mar cantava assim
."

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1 comentários:

Anónimo disse...

Por falares em beleza, sensibilidade e mar, deixo-te aqui um poema da Sophia de Mello Breyner Andresen, que acho lindíssimo

"Quando eu morrer voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto ao mar"


Rita

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