Ponho um beijo
demorado
no topo do teu joelho
Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio
Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo
Não há nadaque disfarce
de ti aquilo que vejo
Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo
E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento
Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas
Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas.""
Maria Teresa Horta
demorado
no topo do teu joelho
Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio
Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo
Não há nadaque disfarce
de ti aquilo que vejo
Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo
E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento
Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas
Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas.""
Maria Teresa Horta
2 comentários:
Assim que te despes
as próprias cortinas
ficam boquiabertas
sobre a luz do dia
Os teus olhos pedem
mas a boca exige
que te inunde as pernas
toda a luz do dia
Até que o teu sexo
que negro cintila
mais e mais desperta
para a luz do dia
E a noite percebe
ao ver-te despida
o grande mistério
que há na luz do dia
David Mourão Ferreira
Conduzes na saliva
um candelabro aceso
um chicote de gozo
nas palavras
E a seda do meu corpo
já te cede
neste odor de borco em que me abres
Sedenta e sequiosa
vou sabendo
a demorar o tempo que se espraia
ao longo dos flancos que vou tendo
as tuas pernas
vezes teu ventre
A tua lingua
vezes os teus dentes
na pressa veloz com que me rasgas
Maria Teresa Horta
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