20.11.05

Joelho

 

Ponho um beijo
demorado
no topo do teu joelho

Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio

Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo

Não há nadaque disfarce
de ti aquilo que vejo

Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo

E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento

Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas

Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas.""

Maria Teresa Horta
 Posted by Picasa

2 comentários:

Anónimo disse...

Assim que te despes
as próprias cortinas
ficam boquiabertas
sobre a luz do dia
Os teus olhos pedem
mas a boca exige
que te inunde as pernas
toda a luz do dia
Até que o teu sexo
que negro cintila
mais e mais desperta
para a luz do dia
E a noite percebe
ao ver-te despida
o grande mistério
que há na luz do dia

David Mourão Ferreira

Anónimo disse...

Conduzes na saliva
um candelabro aceso


um chicote de gozo
nas palavras


E a seda do meu corpo
já te cede
neste odor de borco em que me abres


Sedenta e sequiosa
vou sabendo
a demorar o tempo que se espraia
ao longo dos flancos que vou tendo


as tuas pernas
vezes teu ventre


A tua lingua
vezes os teus dentes


na pressa veloz com que me rasgas


Maria Teresa Horta

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