
Como de súbito na vida tudo cansa!
e cansa-nos a vida e nos cansamos dela,
ou ela é quem se cansa de nós mesmos,
na teima de existir e desejar?
Um dia é como se uma corda se quebrara,
ou como se acabara de gastar-se,
que nos prendia a tudo e tudo a nós.
Não é que as coisas percam importância,
as pessoas se afastem, se recusem,
ou nós nos recusemos.
O que sentimos é pior que quanto
dantes sentíamos nas horas ásperas
da fúria de não ter ou de ter tido.
Porque se sente o não sentir. Um tédio
Não como o tédio antigo. Nem vazio.
O não sentir. Que cansa como nada.
Até dizê-lo cansa. É inútil. Cansa.
Jorge de Sena
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Seguidores
Miblogamucho
Mucho bloguei
Blogam
-
-
-
-
-
CansaçoHá 3 semanas
-
-
O Centenário da "Gazeta das Caldas"Há 5 semanas
-
LEVA-ME... (LEVAS?)Há 6 meses
-
Tradescantia fluminensisHá 6 meses
-
-
Vem...Há 6 anos
-
Cavalo à soltaHá 6 anos
-
-
We'll Meet Again - Vera LynnHá 9 anos
-
Foi há 41 anos…Há 10 anos
-
... You can leave your hat onHá 10 anos
-
A Múmia de BelémHá 11 anos
-
-
Glória à PrimaveraHá 12 anos
-
LONG TIME NO SEEHá 12 anos
-
-
AvisoHá 12 anos
-
-
-
15.O - Da Indignação à AcçãoHá 14 anos
-
Gerard Castello-LopesHá 14 anos
-
Fim de um cicloHá 15 anos
-


0 comentários:
Enviar um comentário