Sem palavras.
Que essas calaram-se na garganta.
Só memórias.

Demasiadas e intensas.
Perdidas em tempos e lugares.
Em tempos que nunca se cruzaram.
Ou melhor que se cruzaram em cadências sem consonância.
Só os lugares foram comuns.
As ternuras e os gestos ficaram nos corpos.
Indeléveis em marcas demasiadamente fortes, como as que um cinzel deixa na pedra.
E os corpos cansaram-se.
Pediram mais.
E dançaram ao som de músicas inaudíveis e vibrantes. Em acordes indiscritíveis e coordenados.
E desses é a memória.
Pois na alma resta o negro.
O negro e um futuro aberto pela frente.

8 comentários:

Anónimo disse...

O que neste momento fica são as memórias... mas o futuro está em aberto e para melhor! Força!
Beijos.
São

Anónimo disse...

O passado já era, agora é só gozar o hoje e construir o amanhã!

Beijo

Goretti disse...

Por favor, visitem, comentem e divulguem: http://tribunalinfernaleducativo.blogspot.com
A equipa da iniciativa agradece.

Anónimo disse...

Que as cores se alterem, que o negro se possa ainda transformar em esperanças renovadas. Hoje é assim amanhã, voltaremos com os pássaros pela manhã!... Força

Anna

Gi disse...

Deixo-te pinceladas de branco para que o negro desapareça. O cinza vai clareando como um nevoeiro que se levanta e a manhã clara surgirá.

Um beijo

Anónimo disse...

Com o silenciar das palavras a memória dos gestos, esfumam, abrem-se brechas ressequidas de dor que a nebulosa manhã preenche e humedece e gera nova gestação

Calos Nascimento

Luis Eme disse...

Bonito e enigmático...

Anónimo disse...

Ainda há quem vá pegar na tua alma, para raiva de quem te fez ficar de luto

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