Porque o hoje é já amanhã
e o passado se queda mudo e te sinto a falta.
Porque um turbilhão de palavras corre

como ribeira em fim de Outono
além fica mais um pedaço de ti
que quero guardar.
Deixo-te então o espaço que sorvo
e recolho-me nele à espera que a Primavera chegue
com a visão de um farol ao longe
e o corpo pousado num canto de mim.

12 comentários:

Anónimo disse...

Sem comentários que as palavras já são fortes demais

beijo do tamanho do mundo

Pedro

Anónimo disse...

Belo...simplesmente! ;)

Um beijo

Anónimo disse...

Justa hibernação...

Mandarei a andorinha para iniciar a Primavera.

( Uma boa semana )

Anónimo disse...

Falar com a alma é previlégio de poucos...
Consegues fazê-lo como esses poucos... os poetas!
Gosto muito do que escreves!
Um abraço bem forte!
MJosé

Anónimo disse...

bonito e suave, espero mesmo que um farol te espere!...

Anónimo disse...

O Outono dos tempos e não dos dias (como diz a Avillez). E senão virmos a ausência e virmos o recolhimento? às vezes a vida tem dolorosas formas de nos dizer para nos prostrarmos no recato. E se bem que as primaveras sejam deliciosas, mais sublimes se tornam se o forem tão só no nosso contentamento. Todos temos um farol. Todos temos que o ter.

Tozé Franco disse...

Rexto muito bonito.
Boa imagem.
Um abraço.

Anónimo disse...

Gostei de te ler...

Anónimo disse...

Olá Eva! Mi gusta mucho do teu blog.
É muito ... Eva!
Beijo do Zé Pitecos...

Cleopatra disse...

Venho sempre aqui à procura da alma.
Um Bj

Anónimo disse...

Gostei de voltar a ler-te. Gostei do que vi num canto de ti. Mas não esperes: Vai tu buscar a Primavera.

Cleopatra disse...

"Porque o hoje é já amanhã
e o passado se queda mudo e te sinto a falta."

É... quem ama, mas só quem ama sente assim!

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