Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-iris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

António Ramos Rosa
in "Viagem através de uma nebulosa"

1 comentários:

Anónimo disse...

Foi o António Rosa que o disse, é certo, mas esse relógio também tu o adquiriste (ou será que já veio contigo mesmo?), para gaudio dos teus amigos!
Bem hajas por isso!
Um abração fraterno!
Mjosé

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