Dai-me um dia branco, um mar de beladona,
um movimento
inteiro, unido, adormecido,
como um só momento.
Eu quero caminhar como quem dorme,
entre países sem nome que flutuam.
Imagens tão mudas
que ao olhá-las me pareça
que fechei os olhos.
Um dia em que se possa não saber.

Sophia de Mello Breyner

3 comentários:

Luis Eme disse...

Lindo...

assim, sabe bem fechar os olhos e ficar a sentir...

Gi disse...

Belíssimo este poema. Faz tempo que não o lia. Tanto que quase o tinha esquecido. Obrigada por mo recordares

Um beijinho

Anónimo disse...

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

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